domingo, 30 de outubro de 2011

Entrevista com o Co- criador e Diretor Executivo Adam Horowitz





Dos Co criadores e produtores executivos Adam Horowitz e Edward Kitsis (Lost,Tron: O legado), a criativa nova série de fantasia  ABC Once Upon a Time, conta a história de um tempo onde havia florestas encantadas,cheias de personagens clássicos dos contos de fadas que nós todos conhecemos.Um dia, a rainha má amaldiçoa todos eles a viverem no mundo moderno, em uma adormecida cidade da nova Inglaterra chamada Storybrooke, onde todos os finais felizes foram roubados e eles não tem nenhuma lembrança de quem realmente são.Com a batalha épica que vai decidir o futuro dos dois mundos prestes a começar, o público terá vislumbres do bem e do mal, a magia dos mais amados contos de fadas estão de volta à vida.

Durante uma recente entrevista para promover a série,Adam Horowitz falou sobre como a idéia da série realmente começou,há 8 anos,quando ele e Edward Kitsis estavam tentando descobrir o que eles gostavam na arte de contar histórias,o fim de lost os fez se desafiarem como escritores.Sentiram que a história da Branca de Neve era o marco zero para todos os contos de fada, e abdicaram de outros projetos para se dedicarem totalmente a essa série. Confiram o que ele disse depois:

Pergunta : Quando o projeto começou pra você? De onde essa idéia veio?


Adam Horowitz : A idéia para a série começou à 8 anos, quando Eddie [Kitsis] e eu tinhamos acabado de sair do trabalho em Felicity.A semente disso era que nós estávamos tentando contar história de uma maneira que realmente amamos, e o que nós amamos é o mistério de explorar vários mundos diferentes.Os contos de fadas nos fascinam porque eles estão muito em nosso DNA, e isso nos fez contadores de histórias. Se nós podemos ir entre dois mundos diferentes e ver dois lados diferentes,para nós,os escritores, esse é um novo jeito de explorar os personagens e observá-los de ângulos diferentes. Tudo o que você sempre quis,como escritor, é encontrar diferentes caminhos para explorar os personagens, e isso para nós é bastante animador  nessa idéia.

Quando você estava  desenvolvendo esses dois mundos,houve algum ponto onde você se perguntou como estava  indo para equilibrar a história entre eles?


Todo dia! Esse é o desafio. Agora,temos 12 episódios para tentar fazer o melhor que podemos,para contar as histórias mais legais que sabemos como contar, e isso é um desafio incrível. Com o fim de Lost,nós não queriamos tentar algo que fosse fácil. Assim,nós damos o nosso melhor e se conseguirmos, ótimo. Se falharmos, pelo menos estamos fazendo algo que é desafiador para nós como escritores.

Você gosta de escrever mais sobre um mundo do que de outro?


Não. A verdade é que a personalidade dos personagens em ambos os mundos é tão “amarrada” que você não pode realmente dividir os mundos.Temos que explorá-los completamente,como um grande quebra cabeça,que estamos armando juntos.

Em relação ao elenco,como você fez para montá-lo?


O mais impressionante em relação ao nosso elenco, é que todos que nós queriamos nele,aceitaram participar.Não é brincadeira. Nós queriamos a Ginnifer Goodwin.Nós queriamos a Jennifer Morisson.Nós queriamos o Robert Carlyle. Nós enviamos o scrip para eles e perguntávamos : Vocês querem fazer isso? E eles inacreditávelmente dizia : Sim. Isso foi muito animador. Para nós, nesse espisódio piloto, houve muito desse sentimento de entusiasmo para todos. Eles se comprometeram a fazer por que realmente queriam fazê-lo, estão animados com o material, pelo menos foi isso que nos disseram. Por isso há essa incrível energia que nos motiva a fazer o melhor no nosso trabalho.

Isso não parece o trabalho dos sonhos para os atores, desempenhar papéis duplos?


Isso é muito emocionante,tanto para os atores como para nós escritores. Somos capazes de jogar constantemente com a dualidade dos personagens e o que os unifica.É divertido.Nós começamos a escrever para a Ginnifer [Goodwin] tanto como a Branca de Neve como para a Margaret Mary.Começamos a explorar partes diferentes do mesmo caráter.



Como foi o desafio de desenvolver os aspectos duais de cada personagem, e fazer com que um fosse a evolução do outro?


Foi muito desafiador. É algo sobre, “Como você cria um personagem que é uma coisa,mas depois o divide de uma maneira que ele não pareça inorgânico entre dois mundos? A abordagem com cada um desses personagens foi muito,muito difícil.

Quantas vezes você vai estar indo para trás e para frente no tempo,entre os dois mundos?


Toda Semana

Por causa de toda a complexidade do show, é realmente difícil manter as coisas no caminho certo?


Para qualquer show,quer se trate de um show de fantasia ou série policial ou seja o que for,é como um raio em uma garrafa.Você precisa da união de todos os elementos.Você precisa do elenco,boa escrita,direção e produção,precisa que todos eles se unam de uma maneira especial.Tudo que você pode fazer é tentar fazer seu melhor trabalho,cruzar os dedos e ter esperança.É absolutamente assustador!Entramos em sala dos roteiristas todos os dias e nós estamos apavorados.Mas essa é a grande lição que aprendi em Lost, se você não está aterrorizado e desafiado como escritor,então você não está exercitando os músculos que você quer para o exercício.Então tivemos que partir pra cima de algo que ia nos assustar até a morte,como escritores, e eu acho que nós conseguimos.Cada dia que entramos no escritório olhamos uns para os outros e  pensamos  “Nossa,está cada vez mais difícil.”

O que você pode dizer sobre para onde você quer levar as coisas nesta temporada?


O piloto é muito enganoso em alguns aspectos,relacionado ao rumo que a série irá tomar.A questão que temos de todos, incluido a rede,quando escrevemos e e produzimos o piloto foi “Bem,para onde a série irá?”. A idéia é que nós estaremos indo e voltando entre os mundos,mas explorar esses personagens e seus mistérios são o grande objetivo da série,é o rumo que ela irá tomar.Na sua essência será um show de personagens,como eles vão crescer e como irão descobrir a situação que está dentro deles.

Você irá dirigir todos os episódios?


No momento,estamos cuidando para  escrever esses 12 primeiros, e espero que as pessoas gostem deles.Para dirigir,no comando de tudo,achou que vou morrer.

Você gostaria de eventualmente dirigir também?


Somos uma parceria,fazemos tudo juntos e  profissionalmente.Tudo que fizermos será em conjunto.Produzir,escrever e todas essas coisas é algo que fazemos lado a lado.

Há algum personagem dos contos de fada em específico que você estava mais animado em trazer para a vida?


Na realidade,todos eles.Quando escrevemos Branca de Neve era algo como “O que é isto vai ser?Deus,espero que nós tenhamos Ginnifer [Goodwin]”.Quando escrevemos Rumplestiltskin era algo como “Como isso será realizado?Como será que o Robert Carlyle irá trazê-lo a vida?. No primeiro dia no set,em que filmamos a sequência da prisão no pilotos e nós vimos ele se jogar no personagem pela primeira vez,foi alucinante.Você poderia ver a Ginny realmente saltar na primeira vez que fez a sua personagem.Foi fantástico.Cada um tinha sua própria coisa única.Estes são personagens icônicos.

Junto com este programa de TV,existem atualmente dois filmes sendo feitos com a Branca de Neve no centro deles.Porque todo esse interesse em relação a Branca de Neve?


Branca de Neve é o  marco zero para os contos de fadas.Foi o primeiro filme que eu vi,ainda criança, e lembro de estar aterrorizando vendo a Rainha Má. Eu tenho filhas gêmeas que tem dois anos e meio de idade,e eu nem me lembro de ter mostrado-lhes qualquer coisa,mas elas sabem sobre  a branca de neve. Eu acho que é algo em nosso DNA,por causa disso,todo mundo adora a personagem e ama essa história que vai continuar sendo contada de maneiras novas e diferentes.

 Qual foi a sua primeira impressão ao assistir Branca de Neve? O que mais marcou  sua mente?


O que mais se destaca pra mim é a Rainha Má,na cena em que ela está com a maçã envenenada na mão, foi muito aterrorizante, lembro de correr para minha mãe.

Fonte : Collider.com

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